Mendoza: o que conhecer na cidade e dicas práticas

Antes de ir a Mendoza pesquisei quantos dias deveria ficar por lá. Li posts de vários blogs e notei que todos enfatizavam que a cidade era pequena e que dava pra conhecer em um dia. Isso porque quem vai à cidade normalmente dá prioridade aos passeios e degustações nas vinícolas ou aos tours de alta montanha pela Cordilheira dos Andes (que vão de tours feitos de van até trekking e cavalgadas).

Bom, depois de ter passado 5 dias hospedada lá posso dizer que, sim, Mendoza é pequenina. Eu achava que encontraria uma mini Buenos Aires mas não tem nem como comparar – o que eu achei ótimo, afinal de contas, todo país tem sua diversidade se cruzamos ele de uma ponta a outra, né? Eu fiquei 5 dias, sendo que em 3 deles fiz passeios de dia inteiro, ou seja, passei dois dias andando por Mendoza. Achei de bom tamanho pois em um deles caminhei muito pra conhecer a cidade e em outro aproveitei pra descansar dos passeios que, regados a vinho, derrubam a gente 😉 Confere algumas dicas do que ver por lá.

:: HORÁRIOS MENDOCINOS: A SIESTA

Essa é uma das coisas mais importantes que você tem que saber sobre Mendoza: a cidade “morre” entre as 13h e as 17h (menos os restaurantes). Isso porque a siesta é um hábito institucionalizado na cidade – todo o comércio fecha mesmo. Comece suas andanças no início da manhã, almoce pelas 14h, dê uma descansadinha no hotel, tome um cafecito e volte pra rua a partir das 17h.

Também descobrimos, com um taxista, que os horários de almoço e janta são bem mais tarde do que aqui no Brasil. Chegamos num restaurante às 20h30 e nos disseram “buenas tardes”. Isso porque eles almoçam pelas 14h, tomam um cafézinho pelas 19h e, segundo o nosso amigo disse, podem chegar a jantar às 23h. Então, se você for jantar cedo e notar os restaurantes vazios, não quer dizer que é ruim, não, é que tá cedo mesmo 😉

:: SARMIENTO

Essa rua possui dois trechos. O peatonal (somente para pedestres), entre a Av. San Martín e a Plaza Independencia, é o lugar ideal para caminhar, sentar e tomar um café e bisbilhotar o comércio da cidade – à noite, bem iluminada, fica ainda mais bonita. O outro trecho, entre a Plaza Independencia e a Av. Belgrano, é o lugar certo pra escolher um dos vários restaurantes pra almoçar ou jantar (em breve escrevo sobre eles aqui). No meio do caminho entre um trecho e outro, dê uma paradinha na Plaza Independência 😉

:: PARQUE GENERAL SAN MARTÍN

Um parque gigante, onde daria pra passar um dia inteiro. Tem campo de futebol, laguinho e até avenidas movimentadas que cortam ele (estilo Central Park, pero no tanto rsrsrs). Vale ir depois do almoço, pra dar uma relaxada. É super possível ir caminhando a partir do centro.

:: ARISTIDES VILLANUEVA

É a rua da vida noturna mendocina. Cheia de bares, pubs e restaurantes, com mesinhas nas ruas, é a essa região que você precisa ir quando não sabe bem o que quer jantar ou almoçar. Tome um táxi e salte no começo da rua, na esquina com a Av. Belgrano, e vá subindo. Tem de tudo – de lanches e botecos a restaurantes sofisticados.

:: MERCADO CENTRAL

Funciona no estilo do Mercado Público de Porto Alegre, ou seja, mais pra venda de comidas e bebidas do que pra almoçar mesmo. Tem alguns restaurantes, sim, mas bem simples e não achei o lugar mais atratente da cidade pra fazer uma refeição. Vale a visita. Dica: achamos vinhos muuuito baratos em uma das “bancas”. O mercado fica na avenida Las Heras, super movimentada e com um comércio efervescente.

:: TRANSPORTE

Usei muito as pernas mesmo, já que a cidade é bem pequena, mas o táxi é uma ótima opção em Mendoza: é barato e existe bastante oferta – você não vai ficar parado numa esquina esperando horas por um carro. Vale principalmente pra sair à noite – não só na cidade, mas também se você for jantar nos arredores, como Godoy Cruz, onde está o restaurante do Francis Mallmann (depois eu conto mais sobre a experiência).

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