Sobre viver o “mal” de altitude

Este não é um post de dicas. É um post de coração.

Eu senti os efeitos da altitude no Atacama. Em San Pedro são 2.400m, nem é tanto, mas eu senti. E assim como aconteceu em Cusco, no Peru, o tal “mal de altitude” me emocionou.

Parece estranho, né? Pois eu me emocionei nas duas situações pelo mesmo motivo. O fato de a natureza se impor, de você “sofrer” os efeitos da altitude, te coloca em um lugar de respeito em relação à grandiosidade da natureza, da mãe terra, do planeta. É o lugar te avisando: “Ei, você que acabou de chegar, esse sou eu”.

Nos meus dois primeiros dia em San Pedro de Atacama o fôlego ficou curto, a cabeça doía e eu seguidamente me emocionava, enchendo os olhos de lágrimas. Estava tomando consciência da minha pequenez, da minha insignificância, da minha real importância. Senti a necessidade de reverenciar aquela terra em que eu pisava todos os dias. Aquele céu estrelado com o qual o Atacama me presenteou todas as noites.

Então, para quem me pergunta como driblar o mal de altitude eu digo: não drible. Sinta, perceba, entenda como parte da experiência. É claro que em casos mais extremos você vai precisar de ajuda, mas olha só que interessante: o que mais vão te oferecer nestes casos é oxigênio 💙

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