Capri: amor à primeira vista

Eu tenho certa dificuldade em fazer um ranking dos favoritos entre os lugares que já conheci. Isso porque eu gosto de cada lugar de uma forma diferente. Mas Capri, é, sem dúvida, um dos lugares mais impressionantes e belos que já conheci, especialmente pela sua natureza. Capri é majestosa, é imponente e, ao mesmo tempo, romântica e delicada. As ruas são floridas, têm um perfume único, que não senti em nenhum outro lugar da Itália, e a cidade é de um requinte que deixa qualquer um impressionado. É incrível como a cidade consegue ser sofisticada, finíssima e, ao mesmo tempo, deixar qualquer mochileiro ou visitante comum à vontade e completamente apaixonado.

Minha visita a esse lugar inesquecível durou pouco, muito pouco, e quase não aconteceu. Infelizmente peguei uma semana de tempo ruim, com chuvas, na Costa Amalfitana e estava sediada em Positano. No primeiro dia em que o céu abriu, fui pegar o barco pra Capri e me informaram que as saídas estavam todas canceladas, pois o mar estava mexido demais e Positano não tem um Porto, o que dificultaria a atracação do barco e a subida das pessoas nele, para partir em direção à ilha.

Era meu último dia ali, no dia seguinte partia para Firenze e estava ficando verdadeiramente triste. Me disseram, então, que minha única chance de ir a Capri seria ir até a cidade portuária de Sorrento, a uma hora e pouco de ônibus de Positano, e de lá pegar o barco para Capri. E foi o que fiz. Peguei um SITA Bus até Sorrento, desci rapidamente a escadaria gigante que leva do centro alto da cidade ao porto e comprei os tickets. Acabei chegando perto das 13h30 em Capri e tive até umas 16h e pouco para dar um giro pela cidade. E foi o suficiente pra me apaixonar. Não tive tempo de conhecer a Gruta Azzurra nem Anacapri, o que foi uma pena.

:: Fazendo o tempo render

Chegamos pela Marina Grande, ponto de chegada de todos os barcos, e já olhando pra cima deu pra perceber a imensidão e o quão monumental Capri é. Descendo do barco, seguimos até  teleférico – funicular – que nos levou até a Piazzeta de Capri (Piazza Umberto I), no alto da cidade, onde demos uma descansadinha nos degraus à frente da Chiesa di Santo Stefano. Ainda na Piazzeta, na estação do Funicular, paramos em um mirante pra apreciar uma vista belíssima de Capri, que nos recebia com um dia espetacular de sol!

Saímos caminhando sem destino, conhecendo as belas e floridas ruas da cidade, floridas e com lojas, restaurantes e hotéis de um requinte que era novidade pra mim. É o lugar mais fino que já conheci no mundo, nem em Paris vi tanto luxo assim. Lá pelas tantas, andando pela Via Tangara com o estômago já dando sinais de vida (rsrs) encontramos o Terrazza Brunella, restaurante de um hotel. Quando espiamos a vista espetacular que o restaurante tinha nem hesitamos, entramos e nos sentamos o mais perto possível do janelão. Comi uma salada caprese, com aquela mozzarella de búfala que só existe na região da Campania, e um risoto de limão siciliano que me fazem salivar até hoje, quando me lembro. Depois de parar pra almoçar, só deu tempo de ir voltando pra Piazzeta pra pegar o Funicular e voltar pra Marina Grande. E valeu à pena, ah como valeu!

:: Como chegar

São três as maneiras mais comuns de chegar a Capri (1) partindo de Sorrento, (2) partindo de Nápoles ou (3) partindo de Positano. Nápoles e Sorrento tem sempre esse trajeto, regularmente, em Positano os barcos saem apenas a patir da Primavera – como eu disse lá em cima, a cidade não tem um porto, é tudo mais no improviso, então a infra não é tão boa quanto nestas duas outra cidades maiores. O ticket não é barato, custou € 70 ida e volta pra duas pessoas. Se você estiver hospedado em Nápoles, já está resolvida a questão. Quem estiver na Costa Amalfitana tem as opções Sorrento e Positano 🙂 E, se eu puder dar um conselho, dormiria uma noite por lá.

 

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