Costa Amalfitana: prepare as pernas e o coração

Eu sei que nem sempre dá pra fazer tudo o que a gente quer em uma viagem, mas se você for pra Itália eu recomendo: visite a Costa Amalfitana. Conto aqui um pouco do meu roteiro e das dicas pra quem vai pela primeira vez a essa região encantadora.

:: Onde montar base: a Costa Amalfitana é curtinha – um trecho litorâneo de cerca de 60km na região da Campania -, cheia de cidadezinhas pequenas lindíssimas, uma ao lado da outra, então você tem opção de sobra pra escolher onde ficar (Positano, Praiano, Amalfi, Ravello e por aí vai). No entanto, algumas têm mais vantagens que outras, levando em conta a estrutura, os meios de transporte e a proximidade às cidades maiores – leia-se, onde você vai chegar e sair de trem ou de avião. Conheci Amalfi e Ravello, passei por Praiano e, depois de 3 dias zanzando pra lá e pra cá, acho que Positano é a melhor opção pra ficar. Fica a uma hora de ônibus de Sorrento – logo explico por que isso é importante -, é próxima às outras cidades pra ir conhecer num passeio de um dia (bate-volta) e, ainda por cima, tem barcos que saem direto para Capri, durante a primavera e o verão.

 :: Como chegar: o mais comum pra chegar a essa região é ir de trem ou de avião a Nápoles. Eu escolhi o trem por achar muito mais tranquilo uma estação do que um aeroporto – que vem com aquela uma hora de antecedência pro check-in mais a distância dele do centro da cidade, que normalmente é grande, de brinde. Chegando em Napoli Centrale você precisa pegar a Circumvesuviana, uma linha de trem que vai até Sorrento. São várias paradas até lá – mais de 30 -, mas se você tiver sorte e estiver fazendo um sol lindo, a viagem é uma atração à parte. Chegando em Sorrento, para chegar a qualquer cidade da costa, o jeito é ir de carro, de táxi ou, o que eu escolhi, o SITA BUS. Essa linha de ônibus faz o trajeto de toda a Costa – é a mesma que usei para os passeios a outras cidades vizinhas a Positano, onde me hospedei. O ticket você compra na estação de Sorrento mesmo, ao chegar, ou em qualquer tabacaria das cidades por onde ele passa.

 

:: Positano: uma jóia de cidade, pequeninha, ímpar, daqueles lugares em que todos os moradores se cumprimentam – impossível não amar. Conhecer a cidade toda não leva um dia, mas recomendo muito passar uns dois dias aí pra curtir a praia, os restaurantes e pra subir e descer as escadarias sem compromisso, com tempo de sobra. Dê uma volta na Spiagga Grande, entre na Chiesa Santa Maria Assunta, percorra a via Cristoforo Colombo – a única da cidade -, sinta o perfume de limão siciliano no ar e escolha algum dos vários restaurantes deliciosos que existem.

// Dica: Ficamos hospedados num B&B que foi, disparado, minha melhor experiência de hospedagem até hoje: Villa Mary. Fomos recebidos pelos donos da pousada – Antonio e Tizziana – com uma simpatia incrível, juntamente com seu companheiro de quatro patas Dylan – na foto. O lugar é um charme, com apenas cinco quartos, café da manhã servido na varanda, tudo muito personalizado e feito com carinho.

:: Amalfi e Ravello: visitamos essas duas cidades em um dia só. Saímos de Positano de manhã e pegamos o SITA para Amalfi. Chegando lá, demos uma volta pela Piazza Flavio Gioia, entramos na Duomo di Sant’Andrea Apostolo, caminhamos pelas ruelinhas e subimos muitas escadarias até chegar num ponto muito alto da cidade pra ter essa vista maravilhosa – da foto. Depois, seguimos para Ravello, debaixo de muita chuva, e demos uma paradinha de uma hora aí. A cidade é muuuito alta, uma subida e tanto de ônibus. Para ter a vista mais linda da cidade, vale entrar na Villa Rufolo, é de tirar o fôlego.

:: Curta a experiência: o que eu mais gostei na Costa Amalfitana foi que ali rola um esquema diferente das grandes cidades lotadas de pontos turísticos. O legal aí é aproveitar essa sensação de estar em cidades muito pequenas, caminhando por ruelas estreitinhas, cumprimentando a dona da vendinha, saindo à noite pra caminhar por ruas desertas, dormir e acordar com um silêncio diferente de qualquer outro que você já tenha percebido. É uma experiência muito marcante. Deixe-se levar 🙂

 

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