Passeio ao Vale Sagrado em Cusco

Aí está um passeio tão imperdível em uma primeira visita ao Peru quanto Machu Picchu. O Vale Sagrado acompanha toda a extensão do rio Urubamba e foi o principal centro de produção agrícola do Incanato. É, na minha humilde opinião, um dos lugares mais importantes para se entender a história dessa cultura tão incrível, que sabe-se lá quão enorme seria se não fossem os espanhóis a chegarem aí e destruir praticamente tudo. Ok, tirando a revolta pessoal (rsrsrs) agora conto um pouquinho do que se vê num passeio clássico ao Vale Sagrado.

> DURAÇÃO: É um passeio de dia inteiro. Saímos de Cusco por volta de 8h e retornamos ao hotel às 20h. São 190 km entre ida e volta.

> ROTEIRO: Pisaq, Urubamba, Ollantaytambo e Chinchero.

> DICA: Vá com um Guia

Os sítios arqueológicos visitados no Vale Sagrado foram das experiências mais marcantes da minha viagem ao Peru e tenho certeza que muito disso se deve à presença do guia e a toda a informação que ele nos transmitiu. A menos que você tenha estudado muito antes de viajar, ou conheça muito bem a história do Incanato, visitar todos estes lugares sem a companhia de um guia pode ser uma experiência muito rasa perto de toda a riqueza que poderia te oferecer.

Pisaq

> SOBRE PISAQ: Este sítio arqueológico nos permite ter uma visão belíssima (nas alturas) e muito ampla da região do Vale Sagrado. De canais por onde corre água cristalina – feitos pelos Incas e funcionando até hoje – a terrazas de cultivo praticamente intactas, tudo em Pisaq nos faz entender um pouco mais sobre a relação que os Incas tinham com a terra, com o solo fértil, com a Pachamama (Mãe Terra). Em um terreno extremamente acidentado como a região dos Andes no Peru, encontrar um vale tão fértil e apto para o cultivo foi de extrema importância para o desenvolvimento dos Incas. A preciosidade do vale era tamanha que experimentos nesta terra fértil não eram permitidos. Por isso, os testes eram, todos, feitos nas terrazas de cultivo, nas alturas das montanhas, para então serem levados para cultivo nas terras planas, próximas ao Urubamba. Mais que explicar Pisaq é preciso sentir. Minha dica é chegar o mais cedo possível a esse lugar, contemplar o Vale, deixar a imaginação rolar e tentar perceber e entender a grandiosidade do que aconteceu ali.

> ALMOÇO EM URUBAMBA: Saindo de Pisaq rumamos para a cidade de Urubamba, onde almoçamos às margens do rio, praticamente. Super recomendo o Restaurante Tunupa: comida maravilhosa, atendimento impecável e o lugar em si é um atrativo à parte.

 

> SOBRE OLLANTAYTAMBO: De Urubamba, seguimos para Ollantaytambo. Este é o segundo sítio arqueológico mais vistado no Peru depois de Machu Picchu e não é à toa. É descomunal! Nele a gente encontra templos, terrazas de cultivo, fontes de água, silos de armazenamento encravados nas montanhas… Uma verdadeira aula de arquitetura inca (se é que se pode chamar assim). Força nas pernas para subir todos os degraus! A visão panorâmica do sítio vale cada “ai”.

 

Ollantaytambo

 

> CENTRO DE ARTESANATO INDÍGENA EM CHINCHERO: Na volta, paramos em Chinchero para aprender com as índias sobre o artesanato local. Enquanto tomávamos um chá de muña preparado na hora, nos mostraram na prática como tingem as lãs de alpaca com pigmentos extraídos de plantas e de raízes entre outras técnicas. Ao final, deu pra comprar algo como souvenir. Dica: aqui sai muito mais barato comprar qualquer manta de alpaca do que em Cusco ou em Lima e você compra direto de quem faz, o que eu acho mais que justo.

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